Por essa ninguém esperava, mas o que está por trás de venda do Estádio Evandro Almeida, conhecido como “Baenão”, local para treino e mando de jogos do Clube do Remo, é uma história que passa desapercebido na cidade de Belém.
Quem são os autores de tal proesa, que por sinal começou com a derrubada do símbolo de uma das maiores torcidas do Brasil a “marretadas”, demonstrando total falta de respeito com seus torcedores, senão vejamos: Amaro Klautau, atual presidente do Clube do Remo; Paulo Fernando Machado, atual diretor da Construtura Leal Moreira e ex-secretário da Fazenda; Arthur Carepa, conselheiro e pai da atual Governadora do Estado do Pará; Simão Jatene, ex-governador do Estado do Pará (2003-2006)
O que realmente se passa por trás da venda do estádio do Clube do Remo, além desta fusão de cores, passa pelo momento eleitoral que atravessa o País e, especificamente, o estado do Pará. Desde o começo da atual gestão, a Governadora do Estado do Pará, que vem a ser filha de um dos conselheiro do Remo (Arthur Carepa), vem agraciando o referido clube com um patrocínio mensal de R$1 milhão (diga-se de passagem que o patrocínio não ficou restrito ao primeiro, mas, também ao seu rival Paysandú com o mesmo valor e mais dois outros: Águia de Marabá e Cametá Sport Clube, não com o mesmo valor).
Tal patrocínio deu ao Sr. Arthur Carepa notoriedade nos arraias azulinos, pois proprorcionou ao clube um certo alívio financeiro, mas longe do ideal, devido às má-gestões praticadas. O prejuízo do atual presidente (que em um passado recente foi Secretário de Esporte e Lazer de Almir Gabriel - PSDB) e ex-vereador de Belém, irmão do ex-deputado Aldebaro Klautau, amigo e ex-cunhado do tucano Fernando Flexa Ribeiro, o senador sem voto, é dantesca, uma vez que não consegue decolar o clube na série “D” do campeonato nacional. Acontece que nesta mistura amarelo-azul desencadeia a venda do estádio do Remo à Construtora Leal Moreira por R$33 milhões. O que não se imagina é que Paulo Fernando Machado diretor da construtora foi ex-secretário da Fazenda na gestão de Simão Jatene.
Como já publicado em diversos jornais nacionais, o Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB, devido a cataputação instantânea da candidata petista Dilma Roussef à presidência da República que poderá ser ganha em primeiro turno, colocou os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás como prioritário à manutenção do partido. Assim, o estado do Pará é relegado para um plano inferior. Mas o que significa tudo isso? Sem dinheiro em caixa e com poucas composições partidárias a estratégia de campanha optou por alavancar o candidato tucano Jatene seguindo seus preceitos já empregados quando governador: diminuir os custos da campanha. Ora, mesmo com a redução de custos ainda existe um déficit de aproximadamente R$15 milhões que será em parte destacado da venda do estádio do Remo.
Como isso é possível? O Conselho Deliberativo do Clube do Remo aprovou a venda do patrimônio (entre os que foram contrários está o pai da Governadora) desde que o negócio fosse extremamente vantajoso para o clube. Contudo, conforme já explicado acima, o PSDB local não poderia esperar tanto tempo, é aí que entra a Construtora e toda equipe tucana na empreitada. Tanto isso é verdade que para a compra do local (e este é mais um empecilho devido a falta de um laranja com documentação quente) estão destinados R$5 milhões, dinheiro este que não cai diretamente na conta do Clube, devido ao acordo firmado entre Amara Klautau e Paulo Machado. Conforme o estatuto do Clube que não permite que sejam feitas doações à partidos políticos como também a uma séria de legislação vigente, seria um laranja que repassaria, através de doação, o dinheiro para campanha de Simão Jatene.
Como assim? Laranja, terreno, campanha e governo do Pará? A estratégia armada entre os tucanos é simplória e de certa forma legal (de certa forma devido a figura do “laranja” que dá o tom criminoso à história). Com exceção do laranja, o terreno é mais um existente no patrimônio da própria construtora que, esquentando a documentação, “compra do laranja” seu próprio terreno (conhecido no mundo jurídico como “contrato de gaveta”) pelo valor de R$5 milhões, fechado o contrato tal laranja “doa” parte ou todo da venda para a campanha tucana no Estado do Pará ou, como é normal nesse tipo de negociata, retalha em diversos laranjas para sua doação.
A administração tucana sempre foi marcada pela venda do patrimônio alheio, seja no Brasil (com a privatização de diversas empresas) seja no estado do Pará (como a venda da empresa de energia elétrica Celpa). Assim, não é pura ficção que sob o comando tucano Amaro Klautau frente ao clube do Remo a “opção viável” se deu pela venda imediata do patrimônio, sem levar em conta o potencial e o amor ao clube de sua torcida local.
Por fim, o golpe inicial deste enredo se dá quando Ricardo Teixeira, o todo poderoso da CBF, de forma totalmente partidária, escolheu as cidades-sedes Copa de 2014 pelo critério da cor do partido, isto é, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Manaus e Pernambuco optaram por apoiar o então pré-candidato José Serra. Os demais estados, para não parecer tão na cara assim, foi devido ao critério técnico. Critério esse que não prevaleceu para a cidade de Belém (PA), excluída pelo critério político mesmo!
Contudo, o desenrolar desta história ainda está longe de terminar, pois Amaro Klautau encontrou entre seus pares do Conselho Deliberativo um verdadeiro exército que solicita seu “impeachment”. Não por acaso, o exercítio é comandado por ninguém menos que Arhut Carepa, pai da atual governadora.
Disponibilizado por @mendesluizpaulo (twitter)
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