Por Mari Pessin
Psicopedagogia, Pós-graduada em Ciência Política com ênfase em Administração, Consultoria e Assessoria em projetos sociais, políticos e pedagógicos, pela UFPR.
Foi preciso tomar algumas atitudes radicais como queimar sutiã em praça pública para que a mulher se fizesse ouvir. Muito tempo se passou desde então, muitas foram as lutas e inúmeras as conquistas das mulheres ao longo da história. Em todo o mundo, as mulheres têm enfrentado as dificuldades de acesso ao poder mesmo assim, estão contribuindo para mudar suas comunidades, seu país e o mundo. Contudo, ainda que se esteja avançando na conquista da igualdade entre mulheres e homens no acesso a cargos de decisão, há muito que fazer. mulher conseguiu romper as barreiras de uma cultura que limitava e castrava seus direitos, que deixava impune seus agressores e opressores. Rompeu as barreiras do preconceito saiu às ruas e mostrou que tinha voz e vez.
Se fez forte quando conquistou o direito de votar e ser votada!
Invadiu o mercado de trabalho e transformou a cara do mundo. As leis, que garantem direitos como licença maternidade, horário especial para amamentação, proteção contra violência e punição aos agressores, entre outras tem o pulso firme, e a delicadeza da assinatura de uma mulher.
Mas junto com tantas conquistas existem também, os obstáculos que precisam ser superados, como a dupla e às vezes tripla jornada de trabalho que sobrecarrega, principalmente devido à falta de divisão justa das tarefas domésticas e a educação dos filhos. Através da nossa insistência estamos gradativamente mudando esta realidade e com ela muda também o perfil das famílias brasileiras. Hoje devido a infinidade de conhecimentos e atividades a que a mulher tem acesso, em muitos casos ela tornou-se a provedora da família.
E o homem se vê obrigado a partilhar as tarefas, em prol de um orçamento maior e melhor qualidade de vida com aquisição de bens e serviços. É necessário, portanto reeducar homens e mulheres para atuar neste novo contexto.
Pois apesar de estar inserida em todas as áreas do conhecimento, apesar de ser aceita em quase todas as profissões (mesmo considerando a disparidade salarial) a mulher ainda foge da política esquecendo-se que é um ser político por natureza, atuando como mediadora, educadora, legisladora, executiva e judiciário.
O Brasil é um país onde a participação da mulher na política é das menores. Apesar das mulheres se candidatarem cada vez mais, a parcela de eleitas ainda é muito pequena. A política é uma das mais importantes áreas a ser conquistada pelas mulheres, pois é no âmbito político, onde são tomadas as decisões, que vão interferir diretamente no futuro da Nação, do Estado e do Município.
Portanto, lugar de mulher é na política.
A representatividade nasce do povo, assim como todo poder emana dele. E se lugar de mulher é na política, é pra lá que vamos! Ao aumentar de maneira efetiva a influência da mulher em todos os níveis da vida pública, aumentam as possibilidades de mudança, em direção à igualdade entre os gêneros e ao empoderamento da mulher.
“Somos feitos da mesma matéria dos nossos sonhos”, portanto, mergulhar no novo, misterioso e desconhecido além de fascinar, permite que você se reconheça!
E às vésperas do fim do prazo eleitoral para formação das chapas majoritárias e proporcional às eleições deste ano, crê-se mais que o lugar da mulher é à frente da política; este 2010 é o ano delas!
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