Bem interessante este caso.
Um residencial localizado na periferia de Belém, especificamente no Bairro do Tapanã, distante cerca de 12 km do centro da cidade, voltou na semana passada a ter um nome de um lutador histórico e de esquerda em prol das causas populares: no caso, Raimundo Jinkings.
Na verdade, creio que este nome do residencial nunca saiu do imaginário coletivo de seus moradores. Mas, não sei de onde surgiu a "brilhante" ideia de homenagear oficialmente o residencial como "Rômulo Maiorana" - é, aquele mesmo que proprietário do sistema de comunicação filiado à Rede Globo no Pará. E se pergunta: qual a relação com a luta popular e com os ideais do povo - nenhuma!!
E como informação adicional: o Residencial Raimundo Jinkings foi construído a partir de muito suor e luta da população daquele bairro, ao ocupar o terreno e depois declarado pela Prefeitura de Belém (à época na gestão de Edmilson Rodrigues) como destinado à moradia das pessoas carentes do Bairro, apesar de interesses político-eleitoreiros contrários. E detalhe: as ruas do Residencial têm homenagens a várias personalidades da esquerda brasileira, tais como: Olga Benário, Luís Carlos Prestes, Carlos Lamarca, Oscar Niemeyer, etc. Aí vê-se de pronto que era totalmente incongruente ter como nome do Residencial Rômulo Maiorana, uma persolinalidade ligado à ditadura militar, à oligarquia local e à direita paraense. Era o cúmulo do absurdo.
Pior que em Marituba temos caso parecido dessa incoerência. Lá há a área chamada "Che Guevara" que oficialmente é chamada de "Residencial Almir Gabriel" - arghhh.
A luta popular precisa ser mais respeitada por aqueles que pensam que não existem ou fingem que não vêem!
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