Hoje, 14 de julho, comemora-se na França, e por que não, no mundo contemporâneo, o momento que dividiu a História: a Tomada da Bastilha, ocorrida no ano de 1789, quando da insurreição popular dentro da Revolução Francesa. Tal movimento foi possibilitado pelos anseios populares de se levar outras frentes á Revolução, antes concentrados na mão de setores aristocráticos franceses, e a partir de então tomariam o poder os do povo, guiado por Robespierre e Danton. Mesmo com o racha e o conflito entre eles, vale-se destacar a subida ao poder pelos populares, destronando a realeza e nobreza dominantes.
Mas a discussão que quero travar é se no Brasil tivemos movimento parecido. Da mesma envergadura não! Podemos pensar a Inconfidência Mineira: não, eram grupos de intelectuais e burgueses que buscavam destronar o Reinado por aqui. A Revolução farroupi8lha: igualmente que não, por se tratar de grupos elitistas que buscavam a dominação da região dos pampas. Talvez o que se mais se aproxime seja o Movimento da Cabanagem, desencadeada no Pará a partir de 1835 e durou alguns anos. Aqui realmente o povo chegou e tomou o poder como na Bastilha, contra o Império Brasileiro, mas não submergindo em razão de conflitos internos e o alinhamento das elites locais, o que fez que tivéssemos a destruição do Movimento. Uma pena!
Outros movimentos no Brasil não tiveram tal êxito, como são os casos da Sabinada e Balaiada.
Nos últimos tempos, talvez, tentemos comparar em alguns aspectos, a vitória de governos progressistas e de esquerda no fim do século XX no Brasil, assim como as recente subida ao poder de governos da mesma natureza em vários países da América Latina. No entanto, por conta das diversas contradições que trazem ainda não podemos chamá-los de revolucionários como se pretendia a Tomada da Bastilha no século XVIII. O que importa é que a contestação ao regime capitalista tem se aumentado, tem se criado novas alternativas, e estas criadas e elaboradas pelas organizações sociais populares.
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