As cenas de vandalismo ocorridas na última terça-feira, no plenário da Câmara Municipal de Belém (CMB), durante sessão especial na qual seria discutida a privatização do serviço de água e esgoto da capital, provocaram discussões acaloradas ontem na CMB.Os vereadores se dividiram ao apontar os supostos responsáveis pela violência entre grupos a favor e contra a privatização. A oposição acusa detentores de cargos co missionados (DAS) da Prefeitura de Belém como causadores dos tumultos. Por sua vez, a situação alega que a oposição recrutou até militantes do MST para agitar na reunião.
De acordo com Otávio Pinheiro (PT), os manifestantes pró-privatização teriam sido orientados a impedir que os debates fossem aprofundados. Marquinho (PT) e Carlos Augusto (DEM) acreditam que os baderneiros fazem parte do mesmo grupo que, em várias ocasiões, tem comparecido às sessões, promovendo desordens e desrespeitando vereadores e convidados.
INVESTIGAÇÕES - Ambos pediram uma posição mais enérgica da Mesa Executiva da Casa, inclusive com apresentação de um requerimento de Otávio Pinheiro, para que o presidenteWalter Arbage (PTB) determine averiguações para descobrir a identidade do cidadão conhecido como Babu, responsável, segundo o parlamentar, pelo início do tumulto. Ele pediu também segurança reforçada nas sessões especiais e que uma nova data seja estipulada para o prosseguimento da sessão interrompida pela pancadaria.Marquinho sugeriu a criação de uma CPI para descobrir se algum servidor da prefeitura está sendo pago para fazer bagunça, principalmente os cidadãos conhecidos como Babu e Piauí.
O vereador Alfredo Costa (PT) falou em outra CPI para investigar o chamado “QG do Duciomar”, uma casa no bairro da pedreira, onde operariam os linha de frente da violência supostamente financiada pelo prefeito.Carlos Augusto deu conhecimento ao plenário que após a sessão iria à Delegacia Geral de Polícia Civil para registrar queixa contra Babu. O principal alvo das críticas foi o vereador Orlando Reis (PV), líder do governo na CMB, que, de acordo com avaliação dos oposicionistas, deu suporte aos funcionários do Executivo para tumultuarem a sessão. Reis negou que tivesse se reunido com os manifestantes antes da sessão ser aberta. “Estava reunido com mototaxistas. O Marquinho sabe disso e mentiu ao me acusar de reunir com baderneiros”.
Fernando Dourado (DEM) e Augusto Pantoja (PPS) responsabilizaram o presidente da Câmara, Walter Arbage, por não tomar as providências relativas à segurança. “O chefe da segurança poderia ter pedido ajuda à Polícia Militar, mas foi omisso”. Para Dourado, enquanto não houver uma tragédia na Câmara, o presidente não tomará nenhuma providência.Orlando Reis rebateu as críticas negando qualquer ingerência nos acontecimentos e alertando para a necessidade de se mudar comportamentos e normas na CMB.
(Diário do Pará - 20.08.2009)
Blog: se for real a denúncia o prefeito tem de ser responsabilizado. Assim não se faz democracia!
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