Trago este post para relatar mais um caso triste que ocorreu na semana passada numa escola municipal de Belém do Pará.
Foi o caso do assassinato de um menino de 13 anos por um colega de seu de turma de 15 anos. O que nos acomete de espanto foi a banalidade da morte. Ao que se indica, o menino matou o colega pois estava há dias sendo achincalhado e xingado e teve seu livro rasgado. E em reaçao, levou uma faca à escola com a ideia fixa de tirar a vida de seu colega pelas suas atitudes, que na concepção do jovem algoz foi o estopim para ceifar a vida de outra pessoa.
Casos como este sempre assustam e chocam as pessoas. Mas, pensemos, o que leva um jovem à tamanha brutalidade e fúria? Será a escola que não ensina adequadamente? Será o Estado que não se atém à especificidade e personalidade de cada um dos sujeitos? Será a ausência e omissão da família? Ou até mesmo da sociedade?
Pode ser todo o conjugado desses fatores. Mas avalio que as condições sócio-econômicos que vigem hoje na sociedade colaboram e muito para este estado de individualismo e acerbaçao da violência. Vemos hoje que a cultura da cooperação e da solidariedade tem sido alvejada todos os dias pelo aprofundamento do fosso entre ricos e pobres, entre centro e perifeira, etc.
A sociedade de consumo e de resultado intensifica tais disputas e acirramento de prevalância de status em determinado ambiente, como é neste caso o escolar.
Fora isso, tem todo o apelo trazido pela grande mídia, em que a banalização da violência é um dos meios que se enriquecer os grandes meios de comunicação, a partir de sensacionalismo e a venda desse produto de alta geração de lucro.
Acompanharemos o desenrolar dos acontecimentos, de como será o trato com o menino assassino, e esperamos que tenha um futuro melhor, que as medidas a ele aplica possam fazê-lo refletir e ressiginificá-lo enquanto cidadão, mesmo que por vezes a própria cidadania possa lhe faltar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário